Reypenaer
Chama-se Reypenaer, é um Gouda com dois anos de maturação e um dos meus queijos de eleição. O Gouda é um queijo holandês produzido com leite de vaca e carrega já uma longa história que remonta ao século VI. A partir do século XII começou a ser exportado e hoje é um queijo com uma respeitável popularidade, e que se encontra espalhado por todo o mundo. Quando jovem, é firme mas flexível. O envelhecimento dá-lhe uma consistência mais dura, alguma granulação e cristais que fazem lembrar o parmesão. Com doze a dezoito meses de envelhecimento é também utilizado para cozinhar, ralado, mas o Reypenaer V.S.O.P. de dois anos não pode ser usado com tanta leviandade. Estamos perante uma das mais preciosas jóias da cultura queijeira do mundo, um produto que já franqueou as portas da exigente cozinha do El Bulli de Ferran Adrià. Cortado em fatias muito finas, entra na boca discretamente, para depois eclodir com num travo persistente a frutos secos e noz-moscada, libertando também uma ligeira sugestão de fumeiro. Compro-o sempre que passo pelo aeroporto Schiphol de Amsterdão, mas como tenho a felicidade de fazer parte de uma família que agora se estende até à Holanda, sou brindado, com alguma regularidade, com uma cuidadosa selecção de queijos holandeses. E os queijos holandeses, caros leitores, são um caso sério. Não é só este Reypenaer que deslumbra.
Chama-se Reypenaer, é um Gouda com dois anos de maturação e um dos meus queijos de eleição. O Gouda é um queijo holandês produzido com leite de vaca e carrega já uma longa história que remonta ao século VI. A partir do século XII começou a ser exportado e hoje é um queijo com uma respeitável popularidade, e que se encontra espalhado por todo o mundo. Quando jovem, é firme mas flexível. O envelhecimento dá-lhe uma consistência mais dura, alguma granulação e cristais que fazem lembrar o parmesão. Com doze a dezoito meses de envelhecimento é também utilizado para cozinhar, ralado, mas o Reypenaer V.S.O.P. de dois anos não pode ser usado com tanta leviandade. Estamos perante uma das mais preciosas jóias da cultura queijeira do mundo, um produto que já franqueou as portas da exigente cozinha do El Bulli de Ferran Adrià. Cortado em fatias muito finas, entra na boca discretamente, para depois eclodir com num travo persistente a frutos secos e noz-moscada, libertando também uma ligeira sugestão de fumeiro. Compro-o sempre que passo pelo aeroporto Schiphol de Amsterdão, mas como tenho a felicidade de fazer parte de uma família que agora se estende até à Holanda, sou brindado, com alguma regularidade, com uma cuidadosa selecção de queijos holandeses. E os queijos holandeses, caros leitores, são um caso sério. Não é só este Reypenaer que deslumbra.
Carlos Miguel Fernandes
3 comments:
Vende-se cá alguma decente versão do dito?
Desconfio que não, nunca o encontrei!
sou um adepto feveroso de queijos. lembro-me em miudo de ter comido um queijo holandes que nao me recordo o nome. lembro me, contudo, que era um queijo em forma cilindrica - tipo salame - que se cortava às rodelas. era fumado e castanho por fora. vou à holanda este ano e gostava de o procurar. tem alguma pista? aguardo resposta se possivel
abraço
manel
manolorabbit@hotmail.com
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